06 setembro 2005

O claro azul mediterrânico

«O branco do linho ou dos muros
do sul,
o carmim matutino,

o claro azul mediterrâneo, o limão
húmido ainda,
o laranja, o verde das oliveiras

prateado, o amarelo exausto
de glória, o violeta adormecido
da flor que lhe dá nome,

o ocre do trigo ceifado,
o negro quase
materno da terra lavrada,

é nos olhos que são ave
de ramo em ramo concertada.»

(Eugénio de Andrade)

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